Uma pesquisa apresentada no 1º Fórum Abracom de Gestão e Comunicação Empresarial mostrou que para a maioria das empresas a responsabilidade sócio-ambiental ainda não é estratégica. A pesquisa intitulada “Sustentabilidade: Hoje ou Amanhã?”, realizada pelo Ibope Inteligência, revelou que apenas 33% dos empresários entrevistados confirmam que sustentabilidade é um componente estratégico para as organizações. Apesar disso, 31% acredita que ser responsável agrega valor à imagem da empresa.
A pesquisa do Ibope ouviu também mil cidadãos e mais da metade deles declarou que deixaria de comprar sua marca preferida se soubesse que o fabricante faz algo prejudicial à sociedade ou ao meio ambiente. Eis aí o ponto que me chamou a atenção hoje ao ler uma matéria sobre o assunto quase dois meses depois de publicada, visto que o evento em questão, que reuniu empresários, gestores da área, acadêmicos e pesquisadores de comunicação, ocorreu no dia 28 de abril.
No mercado global, a sustentabilidade nos negócios passou a ser um pré-requisito e as empresas que não a cumprem põem em jogo a sua credibilidade, passando a serem mal vistas e perdendo muitos clientes, que enxergam a responsabilidade sócio-ambiental não como um diferencial, mas como uma obrigação.
Com a tendência do modelo de gestão atual, a sustentabilidade é um conceito que entrou “na moda”, mas não adianta apenas entendê-lo, há a necessidade de adotá-lo na prática e instituí-lo como um dos valores das organizações.
Após as reflexões anteriores, surge a seguinte questão: será que as pessoas realmente adquiriram consciência da importância do tema ou só passaram a discutir sobre o assunto como um reflexo do que vêem nos noticiários?
Sinceramente, prefiro acreditar que os indivíduos se preocupam com algo além do que é necessário hoje e estejam cientes da necessidade de não prejudicar o futuro. Quanto às empresas, torço para que tenham compromisso com a ética e respeito com esses cidadãos conscientes, que anseiam pelo tão sonhado equilíbrio ambiental nas próximas gerações.