Está aberta a temporada de boatos eleitorais. Mal as campanhas municipais começaram e as especulações sobre os políticos já correm em ritmo acelerado. Todos têm alguma coisa sórdida a revelar sobre um candidato. E nessa hora a democracia mostra que existe e está muito bem, obrigado, porque não importa o candidato, não importa o partido, a raça, a cor ou a religião. Estão todos, nesses dias, com as orelhas bem vermelhas.

É como se estivessem espostos como mercadorias em supermercado, prontas para serem apontadas por nós, que dizemos: "Tá vendo esse aí? Tem uma fazenda enorme em Mato Grosso!" E o outro responde: "Poir é aquele, que troca de carro todo mês!" Ganha aquele que der o melhor lance, ou melhor, que contar a maior atrocidade.

É claro que não devemos por a mão no fogo por todos os políticos. Não são a espécie mais confiável de gente. Mas essas invenções só ajudam a poirar a imagem já tão desgastada que a política tem em Juiz de Fora (principalmente nos últimos tempos) e no Brasil. O que mais impressiona, porém, é que falando assim até parece que os eleitores fofoqueiros se importam com a honestidade dos candidatos. Ou pior, que sequér pesquisem sobre aqueles que põem seu nome para apreciação do povo, para escolher quem melhor vai administrar sua cidade.

As eleições são um espetáculo político e não faz diferença o que ou sobre quem está se falando. O que interessa é falar. De preferência mal e de preferência um mal bem grande.